O Conjunto Moderno da Pampulha foi declarado na madrugada deste domingo Patrimônio Mundial da Humanidade, durante a 40ª sessão do Comitê do Patrimônio Mundial da Unesco, realizada entre os dias 15 e 17 de julho, no Centro de Convenções de Istambul, na Turquia. A indicação da Pampulha foi ratificada pelos 21 países integrantes do Comitê, por consenso.
O projeto encomendado pelo então prefeito de Belo Horizonte Juscelino Kubitschek ao arquiteto Oscar Niemeyer, o conjunto modernista conta com jardins criados por Roberto Burle Marx, esculturas de Alfredo Ceschiatti e painéis de Cândido Portinari autor do painel externo de azulejos da Igreja de São Francisco de Assis, que é um dos principais cartões-postais de Minas Gerais. Também participaram do projeto original o engenheiro Joaquim Cardozo e os artistas Paulo Werneck, Alfredo Ceschiatti, August Zamoyski e José Pedrosa.
Construído nos primeiros anos da década de 40, o Conjunto antecipa conceitos arquitetônicos que viriam a ser aplicados anos mais tarde na construção de Brasília. Compõem o Conjunto Moderno da Pampulha a paisagem que se forma com a integração entre a Lagoa da Pampulha e sua orla, os jardins de Burle Marx, a Igreja de São Francisco de Assis, o antigo Cassino (atual Museu de Arte da Pampulha), a Casa do Baile (atualmente Centro de Referência em Urbanismo, Arquitetura e Design de Belo Horizonte), o Iate Golfe Clube (atual Iate Tênis Clube) e a Praça Dalva Simão (antiga Santa Rosa). Com o título, Pampulha passa a integrar um grupo de grandes obras da humanidade.
Clássicos da Arquitetura: Cassino da Pampulha / Oscar Niemeyer
Clássicos da Arquitetura: Igreja da Pampulha / Oscar Niemeyer